Description
31 de Julho de 2020
A PALAVRA DO ARTISTA
A poesia de Marcelo Dolabela (1957-2020)
Promoção: Centro Cultural Brasil-Moçambique e Universidade Eduardo Mondlane
com os pesquisadores Kaio Carmona e Gustavo Cerqueira Guimarães.
A entrevista aborda alguns aspectos e curiosidades da trajetória literária do poeta marginal Marcelo Dolabela (1957-2020), com leitura de poemas dos livros “Lorem Ipsus” (2006) e “Acre Ácido Azedo” (2015).
Marcelo Gomes Dolabela nasceu em Lajinha, Minas Gerais, Brasil, em 1957, e faleceu, em 2020, em Belo Horizonte, onde se radicou nos anos 1970. Publicou mais de 50 livros, com tiragens pequenas, em sua maioria, dentre eles, “Coração malasarte” (1980), “Radicais” (1985), “Poeminhas & outros poemas" (1994), “Amônia" (1997), “Letrolatria” (2000), o livro infantil “Batuques de limeriques” (2005), a antologia “Lorem Ipsus” (2006), em comemoração aos seus 30 anos de trajetória literária, “Trevas daltônicas” (2015), “Guilherminas” (2015), “Duchas Duchamp” (2015) e “Acre Ácido Azedo” (2015). Marcelo também foi letrista, vocalista e fundador da banda Divergência Socialista, “Christiane Keller” (1986) e “Lilith Lunaire” (1990) são dois dos álbuns mais importantes da cena do rock underground belo-horizontino. Dentre outras atuações artísticas, Marcelo Dolabela escreveu os roteiros para os filmes “Maldito Popular Brasileiro: Arnaldo Baptista” (1991), de Patrícia Moran, e “A hora vagabunda” (1998), de Rafael Conde. Além disso, o lajinhense foi um perspicaz colecionador de livros e discos da cena independente da capital mineira e pesquisador de poesia e música brasileiras, destacando-se a curadoria da exposição “Rock Brasileiro em 1000 discos” no Centro Cultural da UFMG (2012) e a autoria do seminal “ABZ do rock brasileiro” (1987), livro que foi referência para os estudiosos, e a coorganização da antologia de poetas mineiros contemporâneos, “Entrelinhas, entremontes” (2020), dentre outras publicações.
Kaio Carvalho Carmona nasceu em Belo Horizonte, em 1976. É doutor e mestre em Estudos Literários pela UFMG. Autor dos livros de poesia “Para quando” (2017) e “Compêndios de amor” (2013). Recentemente, publicou os livros “26 poetas na Belo Horizonte de ontem” (2020), derivado de sua tese de doutorado e “Entrelinhas, entremontes: versos contemporâneos mineiros” (2020), ao lado de Marcelo Dolabela e Vera Casa Nova. Atualmente, é professor visitante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) e professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE).
Gustavo Cerqueira Guimarães nasceu em Lajinha, em 1974. É doutor e mestre em Estudos Literários pela UFMG, com pesquisas sobre o poeta lusitano Al Berto e o ficcionista brasileiro João Gilberto Noll. É autor dos livros de poesia “Língua” (2004) e “Guerra” (no prelo). Recentemente coorganizou o livro de ensaios “Futebol: fato social total” (2020). Atualmente, é coeditor do periódico FuLiA/UFMG e leitor pelo Ministério das Relações Exteriores, atuando como professor e curador de literatura, artes e cultura brasileiras na Universidade Eduardo Mondlane e no Centro Cultural Brasil-Moçambique, em Maputo.
[Conteúdo trazido do canal de Gustavo Cerqueira Guimarães no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=V4Ww2KQpfyk]